Melasma
O melasma corresponde a um aumento da pigmentação localizado sobretudo à testa, maçãs do rosto (Fig.1) e lábio superior (Fig.2), atingindo principalmente grávidas ou pacientes a tomar anticoncepcionais orais e agravado pelo sol. Em termos terapêuticos interessa subdividir o melasma em superficial e profundo. O primeiro tem um tom castanho caramelo e é acentuado pela luz de Wood, sendo que no profundo, de tom azulado, esta luz não intensifica a cor. Os pacientes com melasma superficial respondem melhor a tratamentos com despigmentantes, enquanto que quando se trata de melasma profundo visa-se eliminar o pigmento via transporte pelos macrófagos, pois aquele não está acessível ás substâncias despigmentantes. O tratamento é feito com diferentes combinações.
- Proteção solar: durante todo o ano, com índices elevados.
- Despigmentantes:
- Hidroquinona isolada ou em combinação com outros agentes é o principal tratamento, nomeadamente em soluções hidro-alcoólicas, por um período de 1 a 3 meses. Os seus principais efeitos secundários são a irritação local e hiperpigmentação pos-inflamatória.
- Ácido azelaico, aplicado 2 vezes por dia durante vários meses, causando apenas ligeira irritação.
- Ácido cójico: pode ser usado isolado ou em combinação com a hidroquinona.
- Tretinoina com boa resposta mas apenas após 10 meses de tratamento e acompanhada em 60%-80% dos casos de efeitos adversos.
- “Peelings” com ácido tricloroacético ou alfa-hidroxi-ácidos combinados com a aplicação de tretinoina e hidroquinona, porporcionam resultados mais precoces, sobretudo se se trata de melasma superficial. No entanto, a possibilidade da ocorrência de hiperpigmentação pos-inflamatória torna os seus resultados imprevisíveis.
- Laser Érbio fracionado associado a hidroquinona é o tratamento de eleição, proporcionando resultados rápidos sem efeitos secundários, não devendo no entanto, ser feito no Verão.